Caros!
Depois de tanto, cá estou eu novamente.
Pois bem, pensara em escrever aqui inúmeras outras vezes, mas estava atarefado
demais com meus afazeres mundanos. Foram diversos assuntos tão relevantes e tão
latentes que passaram pela minha cabeça, quase como a grande sacada de um
mistério milenar, mas que acabaram arquivadas em algum lugar da minha mente. E
essa realidade me levou a pensar no estilo de vida que se leva, numa escala
“macro”.
Fico agora pensando se essa rotina mundo
cão realmente é a única maneira de ser bem sucedido. Desde crianças fomos
lapidados nos princípios do capitalismo, d’onde é vital alcançarmos um patamar
financeiro que nos garanta uma velhice saudável e sem perrengues. Somos
condicionados a buscar ser melhores do que os outros, para que, no final das
contas, se tiver só uma vaga no futuro prometido, essa certamente será a nossa.
Não sou nenhum reacionário e nem tampouco
sobrevivo sem inúmeros luxos “desnecessários”, mas me intriga onde foi perdido
o caminho, onde se extirpou a singularidade da felicidade, do objetivo de uma
vida inteira.
Pode parecer clichê, pois é clichê mesmo
(e do bons), mas eu tenho visto gente perder inúmeras oportunidades de
realizar-se internamente para buscar um status de “realização” perante os
outros, para ser aceito, ser normal.
O problema, entretanto, não é restrito
apenas a quem perde o seu valor único, intrínseco e subjetivo, mas afeta também
e principalmente quem não quer ou não pode suportar tantas cobranças.
O que fazer com os loucos? Os aleijados? Os
marginais?
Ah, tudo depende, o que eles podem “fazer
de bom” se ajudarmos?
Não que o que tenha dito vá mudar a
realidade, mas acredito na mudança, a mudança de mentes, de atitudes, de
olhares. Somos todos iguais, e tão diferentes.